terça-feira, 19 de janeiro de 2016

III Festival Zons: EU FUI!


O ZONS tem uma ideia muito bacana de integrar pessoas (sejam elas artistas ou não) criando ações de sustentabilidade, e que por sua vez resultam em eventos e produtos culturais das mais variadas vertentes artísticas em Sergipe. Um desses eventos foi o III Festival Zons, realizado entre os dias 13 e 17 de janeiro, aqui mesmo em Aracaju (SE).

Infelizmente eu não pude acompanhar todos os eventos do festival (foram 3 debates, 4 oficinas e dois dias de shows), mas vou falar sobre o que eu pude ver.


DEBATES
O festival foi aberto com o VII Seminário Economia Política da Música (EPM), com o tema práticas colaborativas, que contou com a participação de representantes do Sarau Debaixo (Luciian Smash), do Catraca Livre/Não Pago (Clara de Noronha), do Zons (Edézio Aragão) e do DJ e delegado pelo setorial de música do CNPC 2015, Rafa Aragão. Organizado em parceria com o Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (OBCOM/UFS), o debate foi do passado ao futuro da cultura e eventos culturais sergipanos, passando pelos incentivos públicos (ou melhor, a falta deles).

O segundo debate que acompanhei foi sobre as mulheres nas artes, que contou com a participação de mulheres das mais variadas manifestações artísticas de Sergipe e do país (bailarinas, atrizes, poetas etc.), mas também atraiu a atenção dos homens. Durante o debate (que na verdade foi quase uma conversa) falou-se não só dos desafios que nós mulheres enfrentamos enquanto artistas, mas também na nossa vida cotidiana. De como muitas de nós fomos criadas para sermos apenas "mulheres do lar", dos assédios e barreiras que enfrentamos dia a dia e, é claro, das dificuldades que cada uma passou (e passa) para ser reconhecida enquanto artista em sua área.



SHOWS
Eu só acompanhei o segundo (e último) dia de shows dessa terceira edição do festival. Foram 5 apresentações no palco principal e mais duas no "palco da árvore", além da mesa de poesia e da apresentação do grupo de dança AwA.

A primeira banda a se apresentar no palco principal foi a sergipana CASA FORTE, seguida pela KARNE KRUA. A banda de hardcore/punk mais antiga de Sergipe subiu no palco no mês em que completa 31 anos de estrada. E não se deixe enganar pelo tempo, Silvio Campos, vocalista da banda, mostrou a força e a energia do punk.


Depois da apresentação do rapper Mi e do Julico (guitarrista da The Baggios) no palco da árvore, a banda de thrash metal [MAUA] subiu no palco principal, agitou o público e ainda teve as participações especiais do Silvio (da Karne Krua) e do Renan Cardoso (Betrayed the Face).


A quarta banda a subir no palco principal foi a CAMARONES ORQUESTRA GUITARRÍSTICA, do Rio Grande do Norte. Por causa da chuva que começou a cair, muitas pessoas se refugiaram na parte coberta da Reciclaria (local do evento), em frente ao palco, mas nada que abalasse a animação do público e da banda, principalmente da baixista Ana Morena.


Fechando o festival teve o show de uma das bandas sergipanas de maior destaque no momento: THE BAGGIOS. O duo formado por Julio Andrade (vocal e guitarra) e Gabriel Perninha (bateria) levou sua mistura de rock, blues e regionalismo para a última noite do Zons, e fez todo mundo dançar e cantar seus sucessos, como "Esturra Leão" e "Hard Times". O show do duo de São Cristóvão (SE) ainda contou com a participação do guitarrista Saulinho Ferreira e do tecladista Rafael Ramos (Coutto Orchestra).


Confesso que não conhecia algumas dessas bandas e outras, apesar de não ter ido nos shows, eu já conhecia ao menos as músicas, mas tive gratas surpresas, como a Camarones. Uma banda exclusivamente instrumental, mas extremamente empolgante e empolgada.

A The Baggios eu já conhecia um pouco do som porque baixei o CD no site deles (mas isso é assunto pra outra postagem). Mas esse foi o primeiro show deles que fui e, sinceramente, eles são muito mais do que algumas pessoas me falavam.


Eu tenho que parabenizar a equipe do Zons pela organização do festival e pelo clima agradável que foi criado, e agradecer, principalmente o Victor Balde, o mestre Marcelinho Hora, o Thiago Souza e ao Luã Hora.


Vocês podem ver mais fotos do festival no meu Flickr AQUI.

P.S.: O nome "LEVI", que esteve colado na bateria em todas as apresentações, é uma homenagem a Levi Marques, vocalista da banda sergipana Skabong, que cometeu suicídio no último mês de 2015.

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